Amor mal resolvido é amor
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Débora Queiroz

Psicóloga

Como superar o término de um relacionamento?

A dor é uma experiência complexa essencial para o ser humano, que inclui componentes sensoriais e afetivos.

Quem já bateu o dedo do pé na quina de algum móvel sabe da dor que estou falando, quando sofremos um rompimento inesperado a dor é praticamente a mesma, pois o sistema límbico entra em alerta e os mesmos circuitos cerebrais ativados na dor física também participam da dor afetiva.

Entender que as dores emocionais são biológicas e inevitáveis, ajuda na compreensão de si mesmo e na aceitação de que o tempo é um remédio eficaz para mostra de que nenhuma dor amorosa poderá ser eterna.

É possível que lendo esse texto se recorde de algum término em sua vida que achou que não superaria, imagino que a dor tenha sido grande e, quem sabe,  com sensação de insuportável, contudo a dor foi ficando menor dia após dia, não é mesmo?

Ninguém quer doer por muito tempo, se algo no corpo dói tomamos um analgésico, então é natural querer incessantemente que a dor emocional passe logo.

No entanto, não foi criado uma receita que faça esquecer as próprias experiências, as expectativas lançadas na relação ou no parceiro (a), muito menos a nossa crença de ser amado, acolhido a qualquer custo.

Todas as pessoas são capazes de sobreviver (e crescer) ao fim de uma relação, e isso é uma questão de escolha, por maior que seja o sofrimento e a surpresa, importa que quem se sente “abandonado” admita que o melhor é deixá-lo(a) ir.

Fazer esforços avulsos para manter a ligação (mandar mensagens, pedir para voltar, dizer que vai mudar, etc) acabará por prolongar indefinidamente o sofrimento e a angústia.

Com ajuda de pessoas próximas, busque pôr em prática algumas estratégias para que o a aceitação do término inicie seu processo, ainda que em sua cabeça o vínculo continue existindo:

  • retire as fotografias a dois das molduras de casa, apague as fotos no celular e redes sociais ou arquive as fotografias do computador, não deixe as lembranças amostra;
  • Pare de tentar saber o que o ex está fazendo, isso só prolonga sua dor;
  • deixe de ligar, evite quaisquer esforços para que o ex saiba de você, não use provocações para se sentir mais próximo(a) ou para mostrar que você superou rápido e que está bem, tudo tem um tempo;
  • preencha as noites livres e os fins de semana com amigos, atividades individuais prazerosas ou qualquer outro “programa” que lhe permita sentir-se menos só;
  • anuncie às pessoas próximas a separação – não viva sob uma mentira e, acima de tudo, não mascare a sua dor. Permita que as pessoas que estão à sua volta o(a) ajudem.

E por fim, entenda o processo, entenda o tempo, você não é um robô, o sofrimento não passa de forma imediata só porque a pessoa assume que está separada, mas este é um passo significativo para a aceitação e o amor próprio.

Se a pessoa se comportar como se estivesse desligada do outro, mais dia, menos dia, acabará mesmo por sentir-se desligada e pronta para reconstruir a sua vida.

Se nada disso te ajudar, busque ajuda terapêutica, trabalhe suas dores.

Não deixe de buscar ajuda de um psicólogo.

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Oi, tudo bem? Eu sou a Débora, Psicóloga em Valinhos. Vamos conversar?